As conversas entre mulheres que são mães ou que estão para ser, passam invariavelmente pelos filhos, as piadas deles, as dificuldades que se tem com eles, a educação deles... enfim, tudo na cabeça da mulher mãe gira em torno dos filhos. Tudo normal, até porque é muito saudável partilhar as alegrias e dúvidas da maternidade com outras mães.
Desde que sou mãe que o faço. Pergunto a outras mães como fazem. Leio livros. Pesquiso na net. Falo com a pediatra. Vou a workshops!
Quando fui mãe pela primeira vez, tinha muitas dúvidas e alguns medos. Depois fui aprendendo a confiar em mim e nos meus instintos e tudo se resolveu. Ainda que continue a ter dúvidas!!!!
Ser mãe é isso mesmo, confiar no nosso instinto. Seguir uma linha condutora e levar o barco a bom porto! É verdade que são "muitos portos" ao longo do crescimento das crianças e é verdade que a linha nem sempre vai a direito, mas o que importa mesmo é saber o que queremos.
Não me considero melhor mãe que nenhuma das mães com quem tenho falado (e tenho falado com muitas!), mas quando me pedem opinião sobre maternidade, sou bem determinada e por vezes um pouco inflexível!
Noutro dia numa conversa entre mães, falava-se de amamentação. Eu defendo a amamentação e quanto mais melhor. Pena tenho eu de não ter conseguido fazer mais com os meus!
Uma mãe defendia que até aos seis meses é mais do que suficiente, e disse muitíssimas coisas sobre isso como se fosse dona da verdade, até que termina o seu discurso dizendo que deu de mamar até aos seis meses e biberão até aos 5 anos. Incrédula ainda perguntei, 5 anos?! Sim.
Pois e é aqui que me calo e me remeto aos meus pensamentos e convicções, porque o discurso incoerente daquela senhora deixou-me sem palavras... observo então o miúdo, agora com 7 anos, sentado na mesa do restaurante onde estavam muitas crianças e adultos divertidos e conversadores. O miúdo não, ele estava simplesmente absorto com os olhos pregados no seu jogo portátil sem proferir palavra ou movimento.
É, educar uma criança dá muito trabalho e temos de dar muito de nós e do nosso tempo para que a educação funcione a sério.
Sim o meu filho joga tudo e mais alguma coisa, mas os jogos têm tempo e horas e nunca saem de casa.
Se apanha seca no restaurante ou na sala de espera?! Ponha a imaginação a "jogar" porque seguramente o torna mais hábil e sociável.
É isso... inflexível.
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