2007-01-17

O mar

Fomos ver o mar.
O primeiro visionamento do mar para o Duarte e o primeiro do ano para mim. Não estava sol e ainda choveu, mas serviu para “molhar o pezito” e sentir a maresia que nos salgou o rosto. A propósito de sal, deixo um poema de Eugénio de Andrade que muito aprecio. O sal da Língua Escuta, escuta: tenho ainda uma coisa a dizer Não é importante, eu sei, não vai Salvar o mundo, não mudará A vida de ninguém – mas quem É hoje capaz de mudar o mundo Ou apenas mudar o sentido Da vida de alguém? Escuta-me, não te demoro. É coisa pouca, como a chuvinha Que vem vindo devagar São três, quatro palavras, pouco mais. Palavras que te quero confiar, para que não se extinga o seu lume, o seu lume breve. Palavras que muito amei, que talvez ame ainda. Elas são a casa, o sal da língua.

2 comentários:

Tanita disse...

Ah, que saudades...
Que vontade de ter ido convosco ver o mar, sentir o vento e o sal...
Beijo enorme, amiga!!!

Anónimo disse...

Olá
o mar sabe tão bem... e é tão calmante.... eu aqui tão perto dele e ás vezes não o aproveito... vocês estão lindos...
jinhos com saudades

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