O meu amor deu-me uma rosa. Foi um acto de amor. Estamos juntos há doze anos, é a segunda vez que recebo uma rosa. Pareço idiota por escrever isto não é? Mas não, é Amor.
Não te quero a não ser porque te quero
e de te querer a não te querer chego
e de te esperar quando não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.
Só te quero porque é a ti quem quero,
sem fim te odeio, e com ódio te peço,
e a medida do amor meu, viageiro, é não te ver e amar-te como um cego.
Talvez consuma a luz de Janeiro,
seu raio cruel, meu coração inteiro,
de mim roubando a chave do sossego
Nessa história só eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo.
Cien sonetos de amor, Pablo Neruda
1 comentário:
Pois é! De vez em quando eles se lembram de nos surpreender!!
Feliz Dia dos Namorados para vocês!
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