14 semanas

Catorze semanas de gravidez, a décima quarta! Segundo os manuais é nesta fase que se começa a notar a barriga e que se começam a sentir maiores transformações corporais. Já sinto bastantes transformações corporais, mas ainda não vejo barriga, embora muitas pessoas já me digam que tenho “barriguinha”! Lá que me sinto redonda, lá isso sinto! Até porque a roupa começa a não me servir… Ainda é muito cedo para saber se é menino ou menina, espero pelo próximo exame que já deve determinar alguma coisa. Tenho tido muitos palpites, uma diz que é menino, fez-me o teste da agulha e dava menino! Outra, diz que é menina, estou com muito boa cara, muito bonita e quando isso acontece, é menina! Ainda tenho quem diga que tem de ser menino, porque já temos muitas meninas entre os amigos!!

Estar grávida é muito giro, há tantas emoções e sentimentos novos todos os dias... Já passei a fase do sono, agora já não tenho “soneiras” súbitas. Agora estou a entrar na fase das fomes súbitas… esta fase é horrível, provavelmente porque vai prolongar-se pelos meses fora e eu gosto tanto de comer… Fruta, muita fruta e cereais e refeições equilibradas, isto é o que a minha querida amiga nutricionista me tem dito.

Tardes animal

As tardes no pátio são animadissimas!

A Xinha, como belo espécime felino que é, passa a grande maioria da tarde numa sesta imperturbavel da qual só acorda quando o sol se põe! A Lucy, também não desilude a espécie canina, faz idiotices q.b., e para além de controlar o espaço aereo do pátio e arredores, não há pardal que se atreva a pousar no telhado, descobriu um novo hobby que me apraz, embora seja um pouco cruel...a caça aos gafanhotos.

Brinca com eles como se realmente fossem um brinquedo e fica triste quando já não dão luta e param de saltar!

Artesanato

Este fim-de-semana visitei duas feiras de artesanato, a de Ourém e a Internacional na FIL. A feira que mereceu toda a minha atenção foi a da FIA (Feira Internacional de Artesanato) a decorrer até dia 2 de Julho. Têm um pavilhão repleto de artesãos portugueses, com trabalhos tradicionais e originais. Destaco alguns que despertaram a minha atenção:

Livrário

Ana Franco

José Machado Pires

Brincopolis

Era uma vez um sonho

O pavilhão português merece toda a nossa atenção, é artesanato genuíno, original, verdadeiro. O pavilhão internacional não tinha nada de novo nem de extraordinário. Os africanos com os seus trabalhos de madeira e djambés, os paquistaneses com as suas roupas e incensos, os indianos na mesma onda, os mexicanos, os cubanos (com essa grande peça de artesanato que são as T-shirts impressas com fotos do Che Guevara!), neste momento não estou na onda internacional… Por motivos profissionais tenho contactado com artesãos e artistas portugueses e estou encantada com as pessoas e os trabalhos que encontrei. Devemos valorizar mais o que de bom existe na nossa terra, porque temos por cá excelêntes artesãos e artistas, assim como por todo o país.

Só lamento que a única coisa que una os portugueses seja o futebol. Gosto de futebol e torço pela selecção, mas acho deprimente que se circule nas ruas (desta cidade e de outras) aos gritos e apitos durante horas, porque onze mecos fizeram aquilo a que se propuseram e para o que são pagos a peso de ouro… e esta será a minha única e última referência ao futebol, falar dele, mesmo que seja para dizer mal, é dar-lhe demasiada atenção.

Folia de S. João

Esta é a tarde que antecede a noite de S. João! Quem morou e mora no Norte sabe exactamente o que isso significa. Em Braga, já a cidade ferve de música, cheiros, barraquinhas, sardinhas e farturas pelas principais artérias da cidade e no Porto também. É inevitável o contágio daquela energia popular. Homens e mulheres animadissimos, filarmónicas em coretos, tocam ininterruptamente, ranchos e cantores populares... As familias reunem-se e partilham sardinhas e alegrias, saem à rua, enchem a cidade de cor e só dormem quando o sol já vai alto! Ainda estou calendarizada para esta noite, apesar de não haver festejos sanjoaninos em Ourém, hoje também temos festa! Vou ficar pela festa oureense, mas com o espírito mais a norte…um pouco de nostalgia…

O Presente!

Foi em 98 ou 99, no século passado, que conheci os The Gift. Inicialmente não gostei muito da banda, não me enchia as medidas. Normalmente sou muito renitente às coisas novas, é como disse Pessoa, “primeiro estranha-se, depois entranha-se” e comigo foi assim. Dos álbuns, Vynil, Film e AM-FM, prefiro o segundo, embora o AM-FM esteja muito bom, tanto em termos de letras como música. O primeiro, para mim, é o mais fraquito e no entanto foi aquele que lhes deu fama. O Vynil tem muitas colagens de outros músicos, nomeadamente de Wim Mertens… mas esta é a minha opinião, não sou especialista, nem pretendo ser. Gosto deles, são um verdadeiro presente, com música diferente numa onda moderna e muito coerente. Cá fica a música de hoje, do albúm AM-FM Music by N/A

I’m doing it for music, I’m doing it for love, I’m doing it for everyone around me, I’m doing it for music, I’m doing it for love, I’m doing it for everyone around me, I’m doing it for music, I’m doing it for love, I’m doing it for everyone around me, and I try I try to be the only one with this melody in my head, but I think I hear this song somewhere. And I think I hear this song And I think I hear this song somewhere... I’m doing this for love, I guess I’m doing it for everyone around me. I’m doing it for music, I’m doing it for love, I’m doing it for everyone around me...

Músicos do mundo...

Philip Glass e Ravi Shankar, magníficos músicos, compositores, criadores, inspiradores de mentes e almas.

Têm estilos diferentes, mas que também se complementam. Voltei a pegar neles como base para iniciar uma leitura… As Memórias de Adriano de Marguerite Yourcenar, já comecei a sua leitura umas poucas vezes e acabo por bloquear…bom, mas isso não interessa nada… A música é que interessa, são fantásticos os sons de Glass em Mishima, onde conheçi os Kronos Quartet ou Ravi Shankar, no Kremlin onde até consigo sentir o odor de especiarias! Aconcelho a audição de um álbum em que ambos, Glass e Shankar, se encontram para nos encantar, é o Passages. Tem uma mistura de sons, instrumentos e vozes sensacionais. Não posso descrever melhor a música porque penso que a música não tem descrição, tem sensação. Para mim sempre foi assim, sentir. Conheci o Ravi Shankar através de Beatles, com “Norwegian Wood”. (Uma curiosidade, a Norah Jones é filha de Ravi). O Philip Glass, foi uma oferta do album “Songs from Liquid Days”, mas inicialmente não gostei… depois já com o ouvido mais trabalhado, lá entrou e lá ficou!

Normalmente compro os CD'S na FNAC, mas o Carrefour e o Continente, por vezes têm trabalhos de ambos nas promoções.

Ás voltas...

Ás voltas com as ideias, os projectos, a gravidez, a música, os livros…. Voltas e mais voltas, sem nunca parar… hoje é dia de Nick Cave, não sei bem porque mas apazigua-me a mente. Acabei, ontem, de ler “Davam grandes passeios aos domingos” de José Régio, é um livro que se lê de um rasgo só. Conta uma história, tantas vezes já contada, mas com a particularidade de “se dar grandes passeios aos domingos”! Uma rapariga do Norte, pobre e órfã viaja para casa da tia rica, a sul e ai ganha esperança de amor eterno com o primo que não a ama, mas até lhe tirava umas lasquitas se ela deixasse! Entre lágrimas e “nervos em pé” a moça resigna-se à solidão e aos grandes passeios de domingo. Acho piada a esta coisa dos passeios de domingo, foi uma coisa que a minha mãe me incutiu e ainda hoje detesto ficar em casa ao domingo. Faça chuva ou faça sol! Quando morávamos no castelo, dávamos grandes passeios por aquelas ruas e quintais. Não há canto nem recanto que eu não saiba de cor. Nasci e cresci lá em cima e dava por lá grandes passeios ao domingo. Alguns domingos saíamos de carro e visitávamos a família, tios e tias e avós, no Ribatejo “profundo” e eu gostava tanto desses passeios de domingo… Sou mesmo como aquela canção de Maria Rita, “me abraça, me dá um beijo, faça um filho comigo, mas não me deixa sentar na poltrona num dia de domingo…” Digo mais, só uma tarde de chuva e trovoada com torradas e café com leite, me deixa em casa!(Mas não ao domingo!)

Que o cheirinho da terra molhada nos alague.

Maria Rita

Minha Alma o Rappa / Marcelo Yuka a minha alma tá armada e apontada para a cara do sossego pois paz sem voz, paz sem voz não é paz, é medo às vezes eu falo com a vida às vezes ela quem diz qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz as grades do condomínio são pra trazer proteção mas também trazem a dúvidas e é você que está nessa prisão me abraça e me dê um beijo faça um filho comigo mas não me deixe sentar numa poltrona num dia de domingo procurando novas drogas de aluguel nesse vídeo coagido é pela paz que eu não quero seguir admitindo

Camões?!

Hoje é dia de Camões, mas o que me assalta a memória é Fernando Pessoa com o seu fabuloso poema Mar Português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. (É simplesmente magnifico!)

Marillion & Fish

Sugar Mice I was flicking through the channels on the TV On a Sunday in Milwaukee in the rain Trying to piece together conversations Trying to find out where to lay the blame But when it comes right down to it there's no use trying to pretend For when it gets right down to it there's no one here that's left to blame Blame it on me, you can blame it on me We're just sugar mice in the rain I heard Sinatra calling me through the floorboards Where you pay a quarter for a partnership in rhyme To the jukebox crying in the corner While the waitress is counting out the time For when it comes right down to it there's no use trying to pretend For when it gets right down to it there's no one really left to blame Blame it on me, you can blame it on me We're just sugar mice in the rain 'Cos I know what I feel, know what I want I know what I am Daddy took a rain check' Cos I know what I want, know what I feel I know what I need Daddy took a rain check, your daddy took a rain check Ain't no one in here that's left to blame but me Blame it on me, blame it on me Well the toughest thing that I ever did was talk to the kids on the phone When I heard them asking questions I knew that you were all alone Can't you understand that the government left me out of work I just couldn't stand the looks on their faces saying, "What a jerk" So if you want my address it's number one at the end of the bar Where I sit with the broken angels clutching at straws and nursing our scars Blame it on me, blame it on me, Sugar mice in the rain, your daddy took a rain check Marillion, do albúm Clutching at Straws, o meu favorito. Lamento não poder colocar aqui esta belissima música, mas ainda não sei como é que isso se faz aqui no blog... se puderem ouçam-na, é fantástica. Depois deste albúm a banda alterou um pouco o seu estilo, o vocalista FISH saiu para avançar a solo. Avançou e fez muito bem!Sozinho compôs músicas extraordinárias que me arrepiam até à alma. Gosto muito do albúm Vigil in a Wilderness of mirrors, onde encontrei esta "Gentleman's Excuse Me", uma verdadeira preciosidade...

Inevitavelmente - Jorge Palma

Com Uma Viagem Na Palma da Mão Agarras-te à hora Em que o tempo não passou Mergulhas nas cores Que a loucura te emprestou E quando te vês para lá do espelho Encontras a solidão Descobres o Mundo De quem tem pouco a perder E sobes às estrelas Que ontem não podias ver E perdes o medo de estar só No meio do multidão Tradições Atrás de contradições Fizeram-te abrir os olhos Podes dizer: Eu... sou

Instante

A cena é muda e breve: Num lameiro, Um cordeiro A pastar de leve; Embevecida, A mãe ovelha deixa de remoer; E a vida Pára também, a ver. Miguel Torga

Músicos Oureenses

FIRE BALL é a banda do momento! Dois músicos da nossa terra, o baixista e o baterista, integram este grupo lisboeta que começa agora a dar cartas. Os Fire Ball são um grupo de originais na onda do metal, que na passada sexta-feira actuou no bar Deja Vu, no Barreiro. O próximo concerto, ainda a confirmar, será dia 5 de Agosto no Cadaval, abertura para o grupo Tarântula. O grupo procura oportunidades para dar concertos, no âmbito de consolidar e divulgar o seu trabalho. Contactos com a banda podem ser efectuados através deste blog.

FIRE BALL

Músicos oureenses

César, baixo

Paulo, bateria

Ricardo, teclas

Célia, voz e Rui, guitarra

Crianças

Hoje é Dia Mundial da Criança, sempre gostei deste dia. Quando era criança recebia sempre um presente da minha mãe, para além deste dia, só no aniversário e no natal! Este dia, hoje, tem um significado diferente para mim. Tenho uma “criança” a crescer dentro de mim, literalmente! Por mais que imaginasse como seria, nunca a minha imaginação soube o que sinto hoje. Saber que existe vida dentro de mim trouxe-me felicidade, mais paz, mais amor… nem consigo exprimir o que sinto… … Estas são as minhas crianças (por enquanto) …

Rute, sobrinha e afilhada

Joana, sobrinha

Xinha, filha felina

Lucy, filha canina