2006-03-21

Claridade

Hoje clareou, houve... Claridade Clareou. Vieram pombas e sol, E de mistura com o sonho Posou tudo num telhado... Eu destas grades a ver Desconfiado Depois Uma rapariga loura (era loura) num mirante estendeu roupa num cordel: roupa branca, remendada que se via que era de gente lavada, e só por isso aquecia... E não foi preciso mais: Logo a alma Clareou por sua vez. Logo o coração parado Bateu a grande pancada Da vida com sol e pombas E roupa branca, lavada. Miguel Torga Porque hoje é Dia Mundial da Poesia

2 comentários:

Anónimo disse...

que mania que os nossos poetas teem de usar as loiras...sera que so elas sao perfeitas? sao sempre loiras, de pele clara...mas que coisa nós descendemos dos gregos...somos de origem latina...

Tanita disse...

Ontem foi uma bela tarde! Gostei muito!
Deu para desanuviar, não é?
E hoje voltou o cinzento...

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