Claridade
Hoje clareou, houve...
Claridade
Clareou.
Vieram pombas e sol,
E de mistura com o sonho
Posou tudo num telhado...
Eu destas grades a ver Desconfiado
Depois Uma rapariga loura
(era loura)
num mirante estendeu roupa num cordel:
roupa branca,
remendada que se via que era de gente lavada,
e só por isso aquecia...
E não foi preciso mais:
Logo a alma Clareou por sua vez.
Logo o coração parado
Bateu a grande pancada
Da vida com sol e pombas
E roupa branca, lavada.
Miguel Torga
Porque hoje é Dia Mundial da Poesia
2 comentários:
que mania que os nossos poetas teem de usar as loiras...sera que so elas sao perfeitas? sao sempre loiras, de pele clara...mas que coisa nós descendemos dos gregos...somos de origem latina...
Ontem foi uma bela tarde! Gostei muito!
Deu para desanuviar, não é?
E hoje voltou o cinzento...
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