2006-03-07

Retrato a Preto e Branco

Ouço música todos os dias e não consigo estar em casa sem ter alguma coisa a tocar na aparelhagem. É nela que me encontro. Comecei cedo a estudar música e se inicialmente nem sabia muito bem porque o fazia, mais tarde tornou-se parte da minha vida. Existem músicas que me (nos) marcam e hoje deixo mais uma.

Retrato a Preto e Branco Letra de Chico Buarque de Holanda e música de António (Tom) Carlos Jobim. Já conheço os passos dessa estrada Sei que não vai dar em nada Seus segredos sei de cor

Já conheço as pedras do caminho E sei também que ali sozinhoEu vou ficar, tanto pior

O que é que eu posso contra o encanto Desse amor que eu nego tanto Evito tanto

E que no entantoVolta sempre a enfeitiçar Com seus mesmos tristes velhos fatos

Que num álbum de retratoEu teimo em coleccionar

Lá vou eu de novo como um tolo Procurar o desconsolo Que cansei de conhecer

Novos dias tristes, noites claras Versos, cartas, minha cara Ainda volto a lhe escrever

Pra lhe dizer que isso é pecado Eu trago o peito tão marcado De lembranças do passado

E você sabe a razão Vou coleccionar mais um soneto Outro retrato em branco e preto

A maltratar meu coração Vou coleccionar mais um soneto Outro retrato em branco e preto

A maltratar meu coração

Recomendo a versão de Ney Matogrosso, apesar de existirem umas dezenas de versões, ou Maria Bethania, embora prefira Ney!

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