2006-03-21

A morte saiu à rua num dia assim

Há uma música que acorda comigo muitas vezes, é um pouco estranho acordar a cantá-la, porque tem uma letra um pouco mórbida, mas ao mesmo tempo, transmite-me uma fantástica sensação de liberdade. No fundo é um hino, um marco de um determinado tempo que embora passado ainda marca os nossos dias em situações que se repetem pelo mundo fora. A morte saiu à rua num dia assim A morte saiu à rua num dia assim Naquele lugar sem nome para qualquer fim Uma gota rubra sobre a calçada cai E um rio de sangue de um peito aberto sai O vento que da nas canas do canavial E a foice duma ceifeira de Portugal E o som da bigorna como um clarim do céu Vão dizendo em toda a parte o Pintor morreu Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual Só olho por olho e dente por dente vale À lei assassina, à morte que te matou Teu corpo pertence à terra que te abraçou Aqui te afirmamos dente por dente assim Que um dia rira melhor quem rira por fim Na curva da estrada há covas feitas no chão E em todas florirão rosas de uma nação Zeca Afonso (4 ever!) Aconselho vivamente a audição desta e de outras músicas de Zeca Afonso Curiosidade: Nesta música existem dois provérbios.

1 comentário:

Anónimo disse...

poesia que nos mostram como estamos longe dos tempos "antigos", onde tudo era mais simples, mais facil...hoje complicamos muito mais as coisas...conseguimos o poder de complicar...

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